Como cobre e imóveis renderam R$ 232 milhões à Vivo
A Vivo captura ganhos extraordinários ao monetizar ativos de cobre e imóveis, reforçando sua estratégia de desalavancagem e foco em fibra óptica

A Vivo revelou um movimento relevante em seus resultados ao reportar que operações ligadas a ativos de rede de cobre e imóveis renderam aproximadamente R$ 232 milhões em um período recente. Esse tipo de receita não operacional evidencia a forma como a empresa está tirando proveito de ativos tradicionais — como infraestrutura legada de cobre — e de seu portfólio imobiliário para fortalecer o caixa e dar suporte à transição para fibra óptica e tecnologias mais modernas.
O impacto desses montantes vai além do registro contábil: ao monetizar partes do legado — segmentos de menor crescimento ou suporte aos negócios centrais — a Vivo consegue acelerar o foco em segmentos prioritários, como banda larga ultrarrápida, serviços convergentes e 5G. Por meio de vendas ou arrendamentos de imóveis ociosos e desinvestimento de trechos de rede de cobre, a empresa não só gera caixa como liberta-se de custos associados a infraestrutura ultrapassada, reforçando sua estratégia de desalavancagem.
Além disso, esse tipo de receita agrega valor estratégico: imóveis liberados podem ser reutilizados, vendidos ou convertidos em outros negócios; a infraestrutura de cobre desativada gera mais economia de manutenção e permite que os recursos sejam direcionados para expansão de fibra, onde a margem e o crescimento tendem a ser maiores. A movimentação reflete, portanto, uma leitura clara do mercado: os serviços legados de telefonia fixa e redes de cobre deixaram de ser centros de crescimento, mas ainda possuem valor residual que pode ser capturado.
Para os investidores, esse resultado sinaliza que a Vivo está atenta não apenas à operação de telecomunicações em si, mas à gestão eficiente de ativos. Ao transformar peças menos estratégicas em liquidez, a empresa reduz riscos, melhora a alocação de capital e reforça a confiança no caminho de crescimento sustentável. Em um ambiente econômico marcado por competição acirrada, taxas de juros elevadas e necessidade de investimento intenso em tecnologia, aproveitar “recursos internos” como ativos de cobre e imóveis torna‑se uma alavanca relevante.
Em resumo: ao capturar R$ 232 milhões com operações atípicas envolvendo cobre e imóveis, a Vivo mostra que sua estratégia vai além da expansão de rede — ela envolve também otimização de portfólio e monetização de ativos legados, tudo isso para focar no futuro da conectividade de alta velocidade.



