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Meta reforça segurança no WhatsApp e Messenger para combater golpes digitais e fraudes internacion

Novas ferramentas de proteção alertam usuários sobre tentativas de golpe, chamadas suspeitas e mensagens fraudulentas, fortalecendo o combate ao cibercrime global.

A Meta anunciou nesta terça-feira um novo pacote de ferramentas de segurança voltadas a proteger os usuários do WhatsApp e do Messenger contra golpes digitais cada vez mais sofisticados. O objetivo é impedir a perda de dados confidenciais e financeiros, alvo constante de hackers e grupos do cibercrime transnacional.

Alertas de segurança no WhatsApp

Entre as principais novidades, o WhatsApp passa a exibir alertas durante chamadas de vídeo quando o usuário tenta compartilhar a tela com contatos desconhecidos. Essa medida busca evitar que pessoas revelem acidentalmente informações sensíveis, como dados bancários, senhas ou códigos de autenticação, com golpistas que costumam agir sob falsos pretextos durante conversas em tempo real.

Detecção de golpes no Messenger

Já no Messenger, a Meta implementou a funcionalidade “Detecção de Golpes”, disponível nas configurações de Privacidade e Segurança. Quando ativada, ela emite avisos automáticos ao identificar mensagens suspeitas enviadas por contatos desconhecidos.

A detecção inicial é feita diretamente no dispositivo, preservando a criptografia de ponta a ponta. No entanto, caso o sistema identifique possíveis indícios de golpe, o usuário pode optar por enviar as mensagens recentes para análise por Inteligência Artificial (IA).

Se confirmada a tentativa de fraude, o aplicativo exibe informações detalhadas sobre esquemas comuns — como falsas ofertas de emprego, investimentos em criptomoedas ou promessas de dinheiro fácil — e oferece as opções de bloquear ou denunciar a conta suspeita.

Meta intensifica combate ao cibercrime internacional

As novas medidas chegam em meio à crescente atuação da Meta contra o cibercrime organizado global. A empresa relatou ter desmantelado mais de 21 mil páginas e perfis falsos no Facebook que se passavam por suporte ao cliente, em tentativas de phishing e roubo de informações pessoais.

Além disso, desde o início do ano, a companhia já removeu cerca de 8 milhões de contas falsas no Facebook e no Instagram, associadas a centros de golpes operando em países como Mianmar, Laos, Camboja, Emirados Árabes Unidos e Filipinas. Esses grupos costumam mirar usuários de todo o mundo — especialmente idosos — por meio de aplicativos de namoro, redes sociais e plataformas de mensagens.

Golpes de “abate de porcos” e manipulação emocional

Entre as fraudes mais comuns está o chamado “abate de porcos” (pig butchering) — um golpe de investimento sofisticado que combina manipulação emocional e engenharia social. Os criminosos, muitas vezes vítimas de tráfico humano forçadas a trabalhar em esquemas de fraude, criam relacionamentos de confiança com as vítimas antes de convencê-las a investir em plataformas falsas de criptomoedas, prometendo lucros altos e rápidos.

Após o envolvimento emocional e financeiro, os golpistas desaparecem com o dinheiro, deixando as vítimas sem recursos e emocionalmente abaladas. Especialistas destacam que a manipulação psicológica é a base desse tipo de crime, com criminosos que cultivam laços de confiança e até simulam relacionamentos românticos para enganar as pessoas.

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