IA & InovaçãoNews
Tendência

TikTok investirá R$ 50 bilhões em data center no Ceará: obras começam em seis meses, afirma Ministério de Minas e Energia

Projeto da ByteDance reforça posição do Brasil como polo estratégico de tecnologia e energia limpa na América Latina

O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou que as obras para a construção do novo data center do TikTok no Brasil terão início dentro de seis meses, com investimento estimado em R$ 50 bilhões no Complexo do Pecém, no Ceará.
O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Silveira, durante um evento em Belém (PA), e está diretamente ligado à Medida Provisória do ReData, criada para estimular o desenvolvimento de data centers no país por meio de incentivos fiscais e regulatórios.

De acordo com o MME, o ReData foi estruturado para atrair grandes investimentos tecnológicos, exigindo contrapartidas de conteúdo local, projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e compromissos de sustentabilidade, como o uso de energia renovável.
Segundo Silveira, essa combinação de matriz elétrica limpa e incentivos federais consolida o Brasil como um dos principais destinos globais para a instalação de centros de dados.

“Pelas nossas potencialidades e pelo que construímos e fortalecemos nos últimos anos, o Brasil se coloca com infraestrutura suficiente e com energia limpa e renovável. Por isso, assinamos a Medida Provisória do ReData, que cria uma série de estímulos para a atração de data centers, e um deles já anunciado no Ceará. Serão investidos R$ 50 bilhões, o que demonstra o potencial do Brasil para recepcionar esses investimentos”, destacou o ministro.

Megaestrutura no Complexo do Pecém

O data center do TikTok será desenvolvido em parceria entre a ByteDance, controladora da plataforma, e a Casa dos Ventos, empresa brasileira de energia renovável.
Em maio de 2025, o projeto obteve duas aprovações fundamentais para a instalação de uma estrutura de 300 MW de capacidade, consolidando o Ceará como um dos principais polos tecnológicos do país.

Soberania digital e impacto econômico

O investimento reforça a corrida global por capacidade de computação e reacende discussões sobre soberania digital, descentralização da infraestrutura tecnológica e impactos ambientais.
Especialistas do setor alertam para a importância de políticas públicas equilibradas, que evitem concentração regional de data centers e garantam acesso justo à energia e conectividade.

“Estamos preocupados que esses investimentos gerem efetivamente frutos e resultados, e não sejam apenas pontos de armazenamento de informações para outras nações. Queremos que eles gerem emprego e renda, por isso também estamos garantindo conteúdo local”, concluiu Silveira.

Com o avanço do projeto, o Brasil se posiciona como líder em infraestrutura tecnológica sustentável na América Latina, unindo energia limpa, inovação digital e atração de capital estrangeiro.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo