
Os cientistas Susumu Kitagawa, do Japão, Richard Robson, do Reino Unido, e Omar M. Yaghi, da Jordânia, foram os vencedores do Prêmio Nobel de Química deste ano, conforme anunciou nesta quarta-feira (8) a Academia Real de Ciências da Suécia.
O trio será premiado pela criação dos MOFs (estruturas metal-orgânicas, na sigla em inglês), um novo tipo de rede molecular que se destaca por sua alta porosidade e capacidade de manipular moléculas em escala atômica. Eles dividirão o valor de 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 6,2 milhões).
Esses materiais funcionam como esponjas feitas de átomos, com uma estrutura formada por íons metálicos – como cobre, zinco ou cobalto – ligados a cadeias orgânicas que criam cristais com incontáveis poros microscópicos.
Graças à organização precisa desses poros, os MOFs podem capturar gases, armazenar energia ou separar moléculas específicas, atuando como uma espécie de “engenharia do vazio” no campo da química.
A porosidade é tão impressionante que poucos gramas de MOFs têm uma área interna comparável à de um campo de futebol. Isso os torna extremamente eficientes na absorção de gases e vapores, superando de longe outros materiais já existentes.
“Essas estruturas abrem portas para o desenvolvimento de materiais personalizados com funções totalmente novas”, afirmou Heiner Linke, presidente do Comitê Nobel de Química.