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Motion Picture Association cobra OpenAI sobre violações de direitos autorais no Sora 2

Novo modelo de vídeo da OpenAI enfrenta críticas por gerar clipes com personagens protegidos, enquanto empresa anuncia medidas de controle de uso.

Na segunda-feira, a Motion Picture Association (MPA) solicitou que a OpenAI adotasse “medidas imediatas e decisivas” contra seu novo modelo de criação de vídeo, Sora 2, usado para gerar conteúdos que, segundo a entidade, infringem direitos autorais de filmes e programas.

Desde o lançamento do aplicativo Sora na semana passada, usuários têm compartilhado clipes gerados por IA com personagens de marcas e programas populares. “Desde o lançamento do Sora 2, vídeos que infringem filmes, programas e personagens de nossos membros proliferaram no serviço da OpenAI e nas mídias sociais”, afirmou o CEO da MPA, Charles Rivkin.

Em resposta, o CEO da OpenAI, Sam Altman, declarou em postagem de blog que a empresa implementará um “controle mais granular” para que detentores de direitos determinem como seus personagens podem ser usados. No entanto, Rivkin enfatizou que a responsabilidade de evitar violações no Sora 2 continua sendo da OpenAI, e não dos criadores de conteúdo.

Os vídeos problemáticos incluem cenas como James Bond jogando pôquer com Altman e o personagem de desenho animado Mario fugindo da polícia, gerados logo após o lançamento da plataforma.

Antes, a OpenAI operava um sistema de opt-out, onde estúdios precisavam solicitar que seus personagens não fossem usados. Agora, a empresa está migrando para um modelo de opt-in, garantindo que personagens protegidos por direitos autorais só possam aparecer com permissão expressa. Altman, contudo, admitiu que pode não ser possível impedir todas as utilizações indevidas de propriedade intelectual.

As preocupações com direitos autorais têm se intensificado durante o crescimento da IA generativa. Empresas como Disney e Universal processaram a Midjourney em junho, acusando a startup de usar personagens de filmes sem autorização. Em setembro, a Disney enviou uma carta de cessação e desistência à Character.AI, exigindo a interrupção do uso de seus personagens protegidos.

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