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Homem é detido após ataque de ransomware paralisar aeroportos europeus

Ransomware afeta sistemas de check-in e bagagens em Londres, Berlim, Bruxelas e Dublin; investigação da Agência Nacional de Crimes da Grã-Bretanha continua em andamento.

A Agência Nacional de Crimes da Grã-Bretanha (NCA) anunciou a detenção de um homem na faixa dos 40 anos, em West Sussex, como parte da investigação sobre o ataque cibernético que, no último final de semana, causou interrupções significativas nos sistemas de check-in e manuseio de bagagens em aeroportos europeus de grande movimento.

O suspeito foi liberado posteriormente sob fiança condicional, segundo comunicado da NCA. Paul Foster, vice-diretor da Unidade Nacional de Crimes Cibernéticos, ressaltou que a prisão é apenas um primeiro passo, e que a investigação ainda está em estágio inicial. A agência não divulgou o nome do suspeito nem se ele agiu sozinho ou como parte de um grupo hacker organizado.

O ataque, ocorrido em 19 de setembro, impactou aeroportos internacionais como Londres Heathrow, Bruxelas, Berlim e Dublin, gerando longas filas de passageiros e centenas de atrasos e cancelamentos de voos.

Sistemas afetados e resposta

O incidente comprometeu o software de autoatendimento vMUSE, da Collins Aerospace, subsidiária da americana RTX, utilizado para check-in, etiquetagem de bagagem e embarque de passageiros. Em um formulário 8-K arquivado na SEC, a RTX confirmou se tratar de um ataque de ransomware em sistemas que funcionam fora da rede corporativa da empresa, em redes específicas dos clientes.

A empresa afirmou que está investigando o incidente com especialistas internos e externos e notificou autoridades policiais e agências governamentais internacionais. Companhias aéreas e aeroportos afetados estão recebendo suporte técnico contínuo.

A ENISA, agência de segurança cibernética da União Europeia, identificou o tipo de ransomware utilizado, mas não divulgou detalhes adicionais.

Impacto e situação atual

Dias após o ataque, os aeroportos europeus ainda enfrentam efeitos residuais:

  • Berlim: sistemas de check-in e bagagens não totalmente restaurados, com risco de novos atrasos.

  • Bruxelas: interrupções limitadas ainda registradas.

  • Heathrow, Londres: a maioria dos voos operava normalmente, mas passageiros foram alertados a verificar horários.

  • Dublin: operações em andamento, com algumas companhias aéreas usando métodos manuais.

A Collins Aerospace informou estar nas fases finais da restauração dos sistemas, embora não tenha fornecido atualizações recentes. O incidente destaca a vulnerabilidade de infraestruturas críticas de transporte aéreo frente a ataques cibernéticos e a importância de medidas preventivas robustas.

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