
A Boyd Gaming, uma das maiores operadoras de cassinos de Las Vegas e com presença em dez estados americanos, confirmou ter sofrido um ataque cibernético que resultou no roubo de informações de funcionários e de “um número limitado de outros indivíduos”. A empresa comunicou o incidente à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) na noite de terça-feira, por meio de um formulário 8-K, detalhando a violação de seu sistema interno de TI.
Apesar da invasão, a companhia afirmou que o ataque não afetou as operações nem as propriedades comerciais. No último trimestre, a Boyd Gaming registrou receita de US$ 1 bilhão. No entanto, não foram divulgadas informações cruciais, como a data exata da ocorrência ou se houve envolvimento de ransomware.
A empresa está cooperando com a polícia federal americana, que participa da investigação e dos esforços de recuperação. A Boyd Gaming, que administra 28 propriedades de jogos nos EUA, incluindo unidades em Nevada e Califórnia, já iniciou o processo de notificação dos indivíduos impactados e dos reguladores estaduais.
Segundo o comunicado, a expectativa é que o ataque não cause impacto material nas finanças da companhia, já que a apólice de seguro cibernético deve cobrir integralmente os custos da resposta e eventuais multas regulatórias.
Crescente onda de ataques no setor de jogos
O caso da Boyd Gaming se soma a uma lista cada vez maior de incidentes de segurança no setor de jogos e cassinos. Recentemente, empresas como Ainsworth Game Technology e International Game Technology (ambas da Austrália) também relataram violações que resultaram em interrupções operacionais.
Mais recentemente, o Bragg Gaming Group alertou para um ataque que comprometeu parte de seus sistemas.
Ataques cibernéticos contra grandes nomes do setor já geraram perdas milionárias. Casos como os da Caesars Entertainment e da MGM Resorts resultaram em prejuízos superiores a US$ 100 milhões. O Departamento de Justiça dos EUA já apresentou acusações contra hackers envolvidos no ataque à MGM Resorts, incluindo um adolescente que se entregou às autoridades na semana passada.
O episódio reforça a importância de fortalecer as defesas digitais em uma indústria que segue como alvo prioritário de cibercriminosos e espionagem internacional.