
Apesar da rápida adoção de grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT da OpenAI, poucos estudos detalharam como a tecnologia é utilizada na vida cotidiana — até agora.
Na terça-feira, pesquisadores da OpenAI, em parceria com o economista de Harvard David Deming, divulgaram um estudo inédito baseado em 1,5 milhão de conversas preservadas com privacidade, analisando quem utiliza o ChatGPT e para quais finalidades.
O estudo, publicado pelo National Bureau of Economic Research, revelou que mensagens não relacionadas ao trabalho aumentaram de 53% para 73% em junho de 2025, indicando que o ChatGPT está cada vez mais integrado à vida pessoal dos usuários.
Principais usos do ChatGPT
Três quartos das interações monitoradas se enquadram em três categorias principais: orientação prática, busca de informações e escrita.
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Orientação prática: mais comum, incluindo tutoria, conselhos e ideação criativa.
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Escrita: predominante no ambiente de trabalho, representando 40% das mensagens relacionadas ao trabalho, muitas vezes envolvendo edição, revisão e tradução de textos existentes.
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Perguntar, Fazer e Expressar: cerca de metade das mensagens pessoais eram “Perguntas”, enquanto 56% das interações de trabalho se enquadravam em “Fazendo”, usadas para concluir tarefas como redação.
Os pesquisadores destacaram que, embora haja preocupação sobre substituição de trabalhadores, o ChatGPT tem sido mais usado para aumentar a produtividade e melhorar o julgamento em funções que exigem conhecimento.
Crescimento e perfil dos usuários
Em julho de 2025, 10% da população adulta mundial já utilizava o ChatGPT. A base de usuários se tornou mais diversificada em termos de gênero e distribuição geográfica, com crescimento expressivo em países de baixa e média renda, chegando a taxas mais de quatro vezes superiores às dos países de alta renda.
O ChatGPT também oferece versões empresariais, acesso via API e o agente Codex, voltado para engenharia de software. Apesar do crescimento rápido, a plataforma enfrenta concorrência crescente de rivais como XAI, de Elon Musk, e Gemini, do Google, que recentemente alcançou a liderança entre aplicativos gratuitos na App Store da Apple.