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Acordo Mercosul-EFTA traz 10 benefícios estratégicos para o Brasil

Redução de tarifas, estímulo à agroindústria e maior acesso a mercados europeus estão entre os principais ganhos

O Acordo de Livre Comércio firmado entre o Mercosul e a EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio, que reúne Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) promete abrir novas oportunidades para o Brasil no cenário internacional. O tratado prevê redução de tarifas, ampliação de quotas para produtos agroindustriais e estímulos à sustentabilidade, fortalecendo a competitividade da indústria nacional e aumentando o acesso a mercados de alto poder aquisitivo.

Entre os benefícios mais relevantes, destacam-se a eliminação de tarifas para produtos industriais brasileiros, a criação de quotas específicas para itens agroindustriais — como carnes bovinas, café torrado e farelo de soja — e regras de origem mais flexíveis, que reduzem burocracia e custos para exportadores. O acordo também inclui mecanismos de salvaguarda para proteger a indústria nacional em caso de concorrência desleal, além da redução de barreiras técnicas que hoje encarecem a certificação de produtos.

No setor agroindustrial, o tratado traz avanços importantes. Empresas que já seguem normas sanitárias internacionais poderão exportar com maior agilidade graças ao sistema de pré-listagem, que dispensa inspeções adicionais. Para o comércio de serviços, há cláusulas específicas ligadas à sustentabilidade, exigindo que fornecedores utilizem energia limpa em suas operações.

O texto também garante proteção à propriedade intelectual, valorizando indicações geográficas brasileiras, como cafés e queijos típicos. Outro destaque é o acesso de empresas nacionais a licitações públicas em países da EFTA, embora com ressalvas que preservam políticas internas, como a exigência de conteúdo local.

Do ponto de vista estratégico, o acordo fortalece o compromisso com o desenvolvimento sustentável, alinhando o Brasil a padrões internacionais de comércio responsável. Os impactos esperados incluem aumento das exportações, atração de investimentos estrangeiros — que já somam mais de US$ 46 bilhões em estoque da EFTA no Brasil — e geração de empregos qualificados.

Com mercados exigentes e de alto poder aquisitivo, como os da Suíça e da Noruega, a expectativa é de que o Brasil consiga ampliar sua participação no comércio internacional, diversificar destinos de exportação e consolidar uma imagem de parceiro confiável em sustentabilidade e inovação.

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