
Um estudo do Observatório Nacional da Indústria, ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou as 16 profissões do futuro na indústria brasileira até 2035. O levantamento, divulgado em setembro de 2025, mostra que novas funções ligadas à tecnologia, inovação e sustentabilidade devem ganhar espaço, enquanto atividades repetitivas e operacionais tendem a perder relevância.
De acordo com o superintendente do Observatório, Márcio Guerra, as transformações vão exigir profissionais com perfil analítico, criativo e multidisciplinar. Entre as habilidades mais valorizadas estarão a fluência digital, análise de dados e capacidade de resolver problemas complexos.
As profissões do futuro na indústria
O estudo divide as carreiras em dois blocos: nível técnico e nível superior.
No nível técnico, destacam-se áreas ligadas à energia renovável, cibersegurança, manufatura aditiva (impressão 3D), manutenção preditiva, internet industrial das coisas (IIoT), operação de robôs e drones, realidade aumentada/virtual e sensoriamento remoto.
No nível superior, surgem funções como gestor de inovação aberta, especialista em gêmeos digitais, cientista de dados industrial, engenheiro de inteligência artificial e machine learning, arquiteto de soluções blockchain, gestor de sustentabilidade e economia circular, além de profissionais focados em ética digital e governança algorítmica.
Segundo a pesquisa, até 2035 cerca de 60% das indústrias vão demandar técnicos em cibersegurança e metade delas buscará especialistas em microrredes de energia renovável.
Tecnologias que vão impulsionar a transformação
O relatório também aponta as tecnologias que deverão guiar as mudanças na indústria ao longo da próxima década. Entre elas estão a inteligência artificial, blockchain, gêmeos digitais, internet industrial das coisas, manufatura aditiva e o uso de realidade aumentada e virtual.
Essas inovações exigirão profissionais capazes de lidar com sistemas integrados, analisar grandes volumes de dados e aplicar soluções sustentáveis em processos industriais.
O que isso significa para os trabalhadores
O estudo da CNI reforça a necessidade de formação e requalificação contínua para quem já está no mercado de trabalho. Cursos técnicos e de graduação voltados às áreas listadas devem ganhar valorização nos próximos anos.
Além da tecnologia, haverá demanda crescente por profissionais que unam inovação, ética digital e sustentabilidade, evidenciando que o futuro da indústria vai além da automação, exigindo também responsabilidade social e ambiental.