
O Google Workspace, em parceria com a IDC e a Provokers, divulgou nesta sexta-feira (12) o estudo “Work: In Progress – Descobertas de como a IA está transformando o Trabalho”, que analisa o uso de assistentes de Inteligência Artificial (IA) no ambiente corporativo. A pesquisa revelou que 74% dos profissionais brasileiros já utilizam assistentes de IA em suas atividades, embora a maior parte dessas ferramentas seja voltada ao consumidor final e não ao uso empresarial.
Um ponto de atenção é que 47% dos brasileiros reconhecem os riscos potenciais do uso dessas soluções para suas empresas, evidenciando uma lacuna na oferta de assistentes de IA seguros e confiáveis pelas organizações.
“No estudo, observamos que o brasileiro é proativo no uso de assistentes de IA, mas as empresas ainda têm uma oportunidade de promover essa adoção de forma organizada e segura, beneficiando seus negócios”, afirma Alberto Zafani, head do Google Workspace no Brasil.
Benefícios e principais usos da IA no trabalho
Segundo a pesquisa, os profissionais brasileiros destacam a velocidade (54%), qualidade (55%) e aplicabilidade (47%) como principais vantagens dos assistentes pessoais de IA. Além disso, 45% acreditam que treinamentos corporativos e o acesso organizado aos assistentes poderiam maximizar os benefícios.
As principais atividades que acionam a IA no trabalho incluem:
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Análise de dados: 57%
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Busca por informações: 55%
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Revisão e tradução de textos ou e-mails: 55%
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Criação de textos ou e-mails claros: 53%
Apesar de reconhecerem o valor das soluções corporativas, 45% dos profissionais se sentem mais seguros utilizando seus assistentes pessoais de IA do que as ferramentas fornecidas pelas empresas.
Aprendizado em IA supera idiomas e formação tradicional
A capacitação em IA é prioridade crescente: enquanto 47% dos brasileiros aprendem de forma autodidata, por meio de pesquisas online, 32% consideram dominar o uso de IA essencial nos próximos dois a cinco anos. Para comparação, o aprendizado de idiomas cai de 34% atualmente para 32% no mesmo período, e cursos de pós-graduação, mestrado ou doutorado mantêm prioridade baixa (12% a 13%).
“No Google Workspace, integrarmos a IA para democratizar seu uso, permitindo que colaboradores foquem em inovação e estratégia, não substituindo pessoas, mas liberando tempo para o que realmente importa”, destaca Zafani.
Preferência por modelos híbridos flexíveis
Apesar de 60% dos brasileiros trabalharem presencialmente, 93% demonstram alta satisfação com modelos híbridos flexíveis. No continente, 58% trabalham presencialmente e 94% preferem o híbrido.
No Brasil, os dias preferidos para o trabalho presencial são: quarta-feira (64%), segunda-feira (59%) e terça-feira (56%). Mais da metade dos brasileiros (56%) estariam dispostos a mudar de emprego para adotar o modelo de trabalho desejado, índice que na América Latina é de 47%.
Metodologia
O estudo foi realizado entre abril e junho de 2025, com 3.569 profissionais de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México. Foram entrevistados colaboradores de empresas com mais de 500 funcionários, abrangendo setores como manufatura, varejo, educação, finanças, saúde e setor público.