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Indústria aposta na redução de plástico em embalagens e evita 17 toneladas de resíduos por ano

CLAMPER troca blister plástico por papel FSC reciclável e reforça compromisso ESG

A indústria está acelerando sua transição rumo à sustentabilidade com uma estratégia clara: reduzir o uso de plástico em embalagens. A CLAMPER, especialista em dispositivos de proteção contra surtos elétricos, é um exemplo dessa mudança em ação. Desde abril de 2023, os blisters plásticos deram lugar a embalagens de papel com certificação Forest Stewardship Council (FSC) em seu produto mais vendido, o dispositivo CLAMPER Front. Essa troca representa uma economia de cerca de 17 toneladas de plástico por ano, além de facilitar a reciclagem e o reaproveitamento por repolpagem

Uma escolha consciente além da estética

Para Mariana Ribeiro, gerente de Marketing da empresa, a adoção do papel vai além das embalagens: é uma contribuição para toda a cadeia da sustentabilidade. Segundo ela, “com origem renovável e 100% reciclável, as novas embalagens são uma alternativa sustentável para itens de origem fóssil, como é o caso do plástico”.

A empresa também aproveitou a troca para repensar o design gráfico das embalagens, melhorando a experiência do consumidor e a comunicação no ponto de venda.

Mais que um detalhe no mercado: uma demanda ESG

Essa iniciativa faz parte de um movimento mais amplo ligado aos critérios ESG (Ambiental, Social e Governança). Para investidores, consumidores e órgãos reguladores, a substituição de plásticos por materiais recicláveis é uma medida estratégica para reduzir a pegada ecológica das empresas.

Contexto global e tendências do setor

1. Desafios e inovações na indústria de embalagens
A redução do uso de plástico não é apenas um tema local. Segundo um artigo recente, alternativas como bioplásticos, fibras naturais e embalagens híbridas (misturando tecnologia com materiais naturais) têm ganhado espaço como soluções de baixo impacto ambiental.

2. Bioplásticos e materiais biodegradáveis em expansão
Bioplásticos, feitos a partir de fontes como amido de milho, celulose e cana-de-açúcar, vem se espalhando no setor, oferecendo biodegradabilidade e menor emissão de gases poluentes. Um exemplo promissor é o PHB (poli-3-hidroxibutirato), que se mostra uma alternativa viável ao polipropileno (PP). Além de similar em resistência e usabilidade, o PHB se degrada em 6 a 12 meses — contra 40 a 200 anos do PP — e pode ser processado em equipamentos existentes

3. Reutilização e embalagens retornáveis como tendência crescente
Além de substituir materiais, a indústria também explora embalagens reutilizáveis, pensadas para múltiplos usos, e que se encaixam em sistemas de logística reversa robustos. São ideais para nichos como bebidas, alimentos e transporte industrial.

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