A equipe de resposta a emergências em informática da Agência para a Itália Digital (CERT-AGID) identificou que um hacker, conhecido pelo pseudônimo “mydocs”, colocou à venda mais de 90 mil documentos roubados de hotéis italianos.
Segundo a investigação, os arquivos são digitalizações de alta resolução de passaportes e outras formas de identificação oficial, coletados durante o processo de check-in em pelo menos 10 hotéis diferentes. O criminoso tentou vender os dados em fases, desde a semana passada, em um fórum clandestino popular na dark web.
Riscos para hóspedes e vítimas
O CERT-AGID alerta que os documentos roubados podem ser usados em fraudes graves, incluindo:
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Criação de documentos falsos;
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Abertura de contas bancárias em nome das vítimas;
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Ataques de engenharia social;
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Roubo de identidade digital, com impactos financeiros e legais.
Por isso, pessoas que se hospedaram recentemente em hotéis na Itália devem monitorar atentamente movimentações suspeitas, como tentativas não autorizadas de abrir contas ou solicitações de crédito fraudulentas.
O que se sabe até agora
As violações teriam ocorrido entre junho e julho deste ano, mas ainda não está claro:
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Por quanto tempo os hotéis armazenam os documentos digitalizados;
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Quantos clientes foram efetivamente impactados;
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Quais são os nomes dos 10 hotéis envolvidos, informação não divulgada pela agência.
Histórico de incidentes semelhantes
O CERT-AGID relembrou que, no início do ano, também enfrentou uma campanha de smishing (phishing por SMS), na qual criminosos tentavam roubar cópias de documentos de identidade, com foco especial em selfies segurando documentos ao lado do rosto.
Esse novo episódio reforça a necessidade de maior conscientização e medidas de proteção tanto por parte das organizações que coletam e armazenam dados de identidade quanto dos próprios cidadãos.
Reforço na cibersegurança é urgente
Segundo o comunicado oficial, é cada vez mais evidente que hotéis e empresas que armazenam documentos pessoais precisam adotar protocolos de segurança mais rígidos, garantindo não apenas o processamento adequado dos dados, mas também a proteção contra acessos não autorizados em portais e sistemas digitais.
