
O número de atendimentos por vício em apostas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS) saltou de 413 em 2021 para 1.265 em 2024, representando um crescimento de 206%. Esse aumento reflete a crescente preocupação com os impactos negativos das apostas online na saúde mental da população brasileira.
Apesar do crescimento no número de atendimentos, especialistas apontam que as políticas públicas ainda são insuficientes para enfrentar o problema. A falta de profissionais capacitados, estrutura adequada e campanhas de conscientização eficazes contribuem para a ineficiência no combate ao vício em apostas.
O Ministério da Saúde reconheceu o vício em apostas como um transtorno mental, mas as ações para prevenção e tratamento ainda são limitadas. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) carece de recursos e profissionais especializados para atender a demanda crescente.
Além disso, a regulamentação das apostas online, embora tenha avançado em alguns aspectos, ainda enfrenta desafios na implementação de medidas eficazes de controle e prevenção. A falta de fiscalização rigorosa e a presença constante de propagandas de apostas em mídias digitais dificultam a conscientização e a proteção dos cidadãos.
Especialistas alertam para a necessidade urgente de políticas públicas mais robustas, que incluam a capacitação de profissionais de saúde, campanhas educativas sobre os riscos das apostas e uma regulamentação mais eficaz do setor. Sem essas medidas, o Brasil corre o risco de enfrentar uma crise de saúde pública relacionada ao vício em apostas.