
O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou na última quinta-feira (8) que o PIX continuará sob gestão pública, reforçando que a ferramenta de pagamentos instantâneos criada pela autarquia é estratégica para o país e não será privatizada.
Durante participação em um evento promovido pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), Galípolo destacou que o PIX é uma infraestrutura crítica, comparável a serviços essenciais como fornecimento de energia elétrica e água. Para ele, a gestão estatal garante segurança, estabilidade e acessibilidade para toda a população.
“A lógica é que o PIX é uma infraestrutura crítica. Assim como você não entrega a gestão da água ou da energia, não faria sentido entregar uma infraestrutura tão relevante do sistema financeiro para o setor privado”, afirmou.
Desde o seu lançamento em novembro de 2020, o PIX transformou a forma como brasileiros realizam transações financeiras, com mais de 170 milhões de usuários e bilhões de transações processadas. A solução tem sido elogiada globalmente pela sua eficiência, custo zero para pessoas físicas e alta capilaridade.
PIX como ferramenta de inclusão financeira
Galípolo também apontou o papel do PIX na inclusão financeira e no aumento da competitividade entre instituições, especialmente ao permitir o acesso de fintechs e novos entrantes no ecossistema bancário.
Além disso, o diretor do BC reiterou que o modelo de governança do PIX – gerido pelo Banco Central – tem sido essencial para garantir transparência, interoperabilidade e inovação, promovendo um ambiente saudável de concorrência.
Com a continuidade do PIX sob gestão pública, o Banco Central reafirma seu compromisso com um sistema financeiro mais eficiente, inclusivo e democrático, afastando rumores ou especulações sobre uma possível privatização ou concessão da tecnologia ao setor privado.