
A Gerdau, uma das maiores siderúrgicas do Brasil, confirmou nesta semana a demissão de cerca de 1.500 funcionários desde o início de 2025, em meio ao que classificou como um cenário “assustador” para o setor siderúrgico nacional. As dispensas ocorreram principalmente nas unidades localizadas nas cidades de Pindamonhangaba e Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo.
A informação foi anunciada pelo CEO da companhia, Gustavo Werneck, durante uma entrevista coletiva com jornalistas. Segundo o executivo, a decisão foi motivada pelas dificuldades enfrentadas pelo mercado interno, que impactam diretamente a produção e a sustentabilidade das operações no Brasil.
“Estamos passando por um momento extremamente delicado na siderurgia brasileira. A queda na demanda interna, associada à concorrência internacional e ao aumento dos custos operacionais, nos forçou a tomar decisões difíceis”, explicou Werneck.
Além das demissões, a Gerdau também está reduzindo seus investimentos no país, como forma de readequar sua estrutura ao novo cenário econômico. O CEO não descartou a possibilidade de novas demissões nos próximos meses, caso o panorama da indústria não apresente sinais de recuperação.
A situação da Gerdau reflete uma crise mais ampla que atinge o setor siderúrgico no Brasil, com empresas enfrentando altos custos de produção, excesso de importações e um ambiente de negócios desfavorável. A expectativa é que o governo federal e entidades do setor busquem medidas emergenciais para conter os impactos e preservar empregos.
Crise na indústria siderúrgica preocupa especialistas
Analistas do setor veem com preocupação o movimento da Gerdau, uma vez que a empresa é considerada um termômetro da indústria pesada nacional. A redução de investimentos e o aumento das demissões podem gerar um efeito cascata em outras empresas da cadeia produtiva, afetando fornecedores, transportadoras e outros setores correlatos.
Em meio à desaceleração econômica e à baixa competitividade da indústria nacional, especialistas cobram políticas públicas mais eficazes para garantir a sobrevivência do setor e evitar a perda de mais postos de trabalho nos próximos meses.
 
 
 
 
 


