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Ethereum celebra 10 anos com eventos globais, surto de NFTs e adoção institucional em massa

Ethereum completa 10 anos com avanços tecnológicos, adoção institucional crescente e impacto global no mercado de criptomoedas e Web3

A rede Ethereum acaba de completar uma década desde o lançamento do seu bloco gênese, em 30 de julho de 2015. A data marca não apenas um aniversário simbólico, mas uma celebração global da revolução tecnológica que a segunda maior blockchain do mundo ajudou a construir — com impactos que vão de contratos inteligentes e finanças descentralizadas (DeFi) até o surgimento dos NFTs e novas formas de identidade digital.

A comemoração dos 10 anos mobilizou comunidades ao redor do mundo, com encontros, workshops, painéis e eventos organizados em cidades como Shenzhen, São Francisco e Berlim. Entre os destaques esteve a “cápsula do tempo on-chain”, uma iniciativa que permitiu a qualquer usuário enviar mensagens, artes ou previsões criptografadas por cerca de US$ 2,50 em ETH, que só poderão ser acessadas no 11º aniversário da rede.

Um dos símbolos do aniversário foi o NFT “Ethereum Torch”, criado especialmente para a ocasião. A peça digital foi passada de carteira em carteira durante dez dias e, ao final, foi queimada como um gesto simbólico. Em seguida, uma versão gratuita foi disponibilizada para mintagem pública, reforçando o espírito aberto e comunitário que caracteriza o ecossistema. Impulsionado pelas comemorações, o volume de negociações de NFTs na Ethereum cresceu 300% em duas semanas, ultrapassando US$ 75 milhões.

Do ponto de vista técnico, a rede Ethereum vive um momento de maturidade. Em março de 2024, foi implementado o upgrade “Dencun” (também chamado de Cancun‑Deneb), que introduziu o Proto-Danksharding — tecnologia que reduziu drasticamente as taxas nas redes de segunda camada (Layer 2). Já em maio de 2025, entrou em vigor o upgrade “Pectra” (Prague‑Electra), que trouxe recursos como pagamentos de taxas em tokens alternativos, agrupamento de transações e aumento do limite de stake por validador para até 2.048 ETH.

No campo institucional, a Ethereum também mostrou força. ETFs de ETH movimentaram mais de US$ 5 bilhões, e empresas como SharpLink e BitMine passaram a manter reservas milionárias em ether. Atualmente, tesourarias corporativas já controlam mais de 1% do fornecimento total de ETH, com projeções que apontam para um possível aumento para 10% nos próximos anos. Desde sua ICO em 2014, o ETH já se valorizou cerca de 1,2 milhão por cento, com o preço da moeda atualmente girando em torno de US$ 3.800.

Os números da rede impressionam: mais de 96 milhões de carteiras únicas, 24 milhões de ETH em staking, 53 milhões de contratos inteligentes implementados e mais de US$ 80 bilhões em valor total bloqueado (TVL) em protocolos DeFi. Além disso, estima-se que mais de 4 milhões de desenvolvedores já tenham contribuído para o ecossistema Ethereum.

Olhando para o futuro, a Ethereum prepara novas atualizações como o upgrade “Fusaka”, previsto para o fim de 2025, com foco em escalabilidade e facilidade de uso. A expectativa é de que a próxima década seja marcada por avanços como fragmentação completa da rede (sharding), integração com inteligência artificial autônoma, identidade digital on-chain e aplicação em casos reais do dia a dia.

Após dez anos de desafios e inovação constante, a Ethereum se consolidou como uma infraestrutura essencial para a nova economia digital, servindo de base para finanças, ativos digitais, contratos inteligentes e novas formas de organização social. Seu 10º aniversário não celebra apenas o que foi feito até aqui, mas também o que ainda está por vir.

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