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Micro e pequenas empresas são alvo de 43% dos ataques cibernéticos Perda de dados

Prejuízos financeiros e de credibilidade podem ser causados por falta de investimentos em segurança cibernética.

A cibersegurança tornou-se um tema central para micro e pequenos empresários, especialmente diante do expressivo aumento dos ataques cibernéticos direcionados a esse segmento. Dados de empresas especializadas revelam que, em 2019, 63% das pequenas e médias empresas em todo o mundo sofreram algum tipo de violação de dados, enquanto 43% dos ataques cibernéticos têm como alvo exatamente essas empresas. Além do risco de invasão, 40% das PMEs relataram ter enfrentado oito ou mais horas de inatividade devido a violações cibernéticas, o que pode resultar em prejuízos financeiros significativos e danos à reputação.

A vulnerabilidade das pequenas empresas é agravada pela falsa sensação de segurança de muitos proprietários, que acreditam não serem alvos de interesse para criminosos digitais devido ao porte reduzido dos seus negócios. No entanto, informações pessoais de clientes e fornecedores, dados bancários, cartões de crédito, senhas de e-mail e credenciais de acesso a serviços online são extremamente valiosos e frequentemente negociados de forma clandestina.

“O principal objetivo dos hackers é financeiro, sendo o sequestro de dados uma das estratégias mais utilizadas. Dependendo do tipo de ataque, se não estiver preparada para responder, a empresa pode simplesmente deixar de existir. Já tivemos empresas que sofreram ciberataques, não estavam preparadas e não conseguiram sobreviver. Então, a preocupação é o negócio parar de existir ou ter prejuízos gigantescos financeiros”, alerta Alberto Jorge, CEO da Trust Control e especialista em cibersegurança.

Prejuízos a longo prazo
Outro dado preocupante é que os custos decorrentes de uma violação de dados não se limitam ao momento do incidente. Um terço desses custos é percebido mais de um ano após o ocorrido, e cerca de 22% deles surgem apenas no segundo ano. Isso mostra que o impacto financeiro e operacional de um ataque pode ser duradouro, afetando a sustentabilidade do negócio a médio e longo prazo.

“É importante que as empresas invistam em tecnologias de proteção para que não dependam apenas do fator humano atuando de uma forma consciente. É fundamental criar programas de conscientização, testar, fazer simulações e direcionar esforços de capacitação para os alvos de risco mais alto”, explica Alberto Jorge.

O especialista em cibersegurança reforça que as empresas de menor porte devem investir na educação para a segurança cibernética de seus colaboradores, promovendo campanhas e medindo o comportamento dos funcionários para reduzir falhas humanas. Além disso, Alberto Jorge orienta que as empresas, antes de investirem em ferramentas de segurança digital, precisam mensurar suas reais necessidades, de modo a contratar somente as soluções que atendam o porte do seu empreendimento.

Para micro e pequenos empreendedores que desejam evitar cair em golpes cibernéticos, Alberto Jorge recomenda quatro dicas básicas:

. Redobre a atenção com a atualização de softwares e ferramentas digitais;
. Utilize senhas fortes, combinando letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais;
. Implemente a autenticação de dois fatores em dispositivos e sistemas sensíveis;
. Invista em capacitação e conscientização dos colaboradores, promovendo treinamentos regulares a respeito de segurança digital.

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