
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, divulgou nesta quarta-feira (30) uma carta aberta em que compartilha sua visão sobre o futuro da inteligência artificial, destacando o conceito de “superinteligência pessoal” como a principal aposta da empresa. Para ele, a IA caminha para um novo patamar de desenvolvimento, com impactos profundos não apenas na produtividade, mas também no modo como as pessoas vivem, criam e se conectam.
“Nos últimos meses, começamos a ver sinais de aprimoramento dos nossos sistemas de IA. A melhora ainda é lenta, mas inegável. O desenvolvimento da superinteligência já está à vista”, afirmou Zuckerberg.
Na visão do executivo, o avanço da IA representa a continuidade de um processo histórico de libertação do ser humano das tarefas de subsistência, permitindo maior dedicação a áreas como ciência, cultura, saúde e criatividade. Ele acredita que, em breve, a tecnologia deixará de ser apenas uma ferramenta de produtividade e passará a atuar como um assistente pessoal avançado — capaz de compreender objetivos, colaborar na realização de metas e até aprimorar relacionamentos.
“Estou extremamente otimista de que a superinteligência ajudará a humanidade a acelerar nosso ritmo de progresso. Mas talvez ainda mais importante seja o potencial para inaugurar uma nova era de empoderamento pessoal”, escreveu.
Meta aposta em IA como aliada da autonomia individual
Zuckerberg também fez questão de diferenciar a visão da Meta em relação a outras grandes empresas do setor. Enquanto concorrentes priorizam o uso da IA para automatizar o trabalho e gerar abundância material, a Meta aposta em um modelo centrado no indivíduo, com foco em liberdade, escolha e criatividade.
“Acreditamos que as pessoas que buscam suas aspirações individuais são a forma como sempre progredimos”, destacou.
Para isso, a Meta planeja integrar a superinteligência a dispositivos pessoais, como óculos inteligentes, que possam compreender o contexto em tempo real — vendo, ouvindo e interagindo com o usuário de forma contínua.
Zuckerberg também reconhece os desafios e riscos envolvidos, como questões de segurança e decisões sobre o uso de código aberto, mas reforça o compromisso da Meta com uma tecnologia acessível e transparente.
“O restante desta década será decisivo para definir se a superinteligência será uma ferramenta de empoderamento pessoal ou uma força que substitui partes da sociedade”, concluiu.
A Meta, segundo ele, já tem os recursos, a experiência técnica e a base global necessária para liderar esse movimento e disponibilizar a superinteligência pessoal para bilhões de pessoas nos próximos anos.