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Fusões e Aquisições na Mineração no Brasil Duplicam no 1º Semestre de 2025, Segundo KPMG

Setor de mineração brasileiro registra 14 fusões e aquisições entre janeiro e junho de 2025, com destaque para operações envolvendo investidores estrangeiros e ativos estratégicos.

O mercado de fusões e aquisições (M&A) no setor de mineração brasileiro apresentou uma aceleração notável no primeiro semestre de 2025, com o número de operações dobrando em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo levantamento da consultoria KPMG, foram realizadas 14 transações entre janeiro e junho, contra nove no primeiro semestre de 2024, reforçando o crescente interesse dos investidores, especialmente estrangeiros, em ativos minerais nacionais.

Apesar de um cenário geral mais conservador no mercado brasileiro de M&A — com queda de cerca de 5% nas operações globais, totalizando 739 negócios versus 776 em igual período de 2024 — o setor de mineração seguiu em direção oposta, mantendo o fôlego e a atração por projetos estratégicos.

O estudo revela ainda um equilíbrio nas transações: em 2025, cinco operações envolveram empresas brasileiras adquirindo outras companhias nacionais, e outras cinco ocorreram com capital estrangeiro comprando participação em mineradoras brasileiras. A composição sugere que as empresas locais seguem ativas enquanto mantêm o setor sob radar internacional.

Essa expansão acompanha a alta histórica verificada em 2024, quando foram registradas 30 operações, um crescimento de mais de 40% comparado a 2023. Foi o maior volume de transações do setor nos últimos 20 anos, com destaque para iniciativas envolvendo terras raras e minerais críticos como cobre, níquel, lítio, cobalto e nióbio — fundamentais para a transição energética global e tecnologias limpas.

Diversos fatores impulsionaram esse movimento no mercado. Empresas menores com alto potencial de valorização atraíram investidores externos, enquanto mineradoras nacionais redefiniram portfólios estratégicos. Operações como mudança de controle e desinvestimentos pontuais também foram recorrentes. A KPMG registra ainda que o segmento de minerais estratégicos continuou sendo o motor das fusões e aquisições no período.

O setor de mineração no Brasil torna-se, assim, um ambiente fértil para M&A, refletindo não apenas dinâmicas de mercado em ascensão, mas também a relevância geoestratégica das reservas minerais brasileiras. A tendência indica uma trajetória de consolidação contínua, com grande apetite internacional por ativos ligados à economia verde e à inovação tecnológica.

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