A Huawei voltou ao topo do mercado de smartphones na China no segundo trimestre de 2025, superando rivais e marcando um importante retorno após enfrentar anos de sanções. Segundo dados da consultoria Canalys, a fabricante chinesa vendeu 12,2 milhões de smartphones no país entre abril e junho, o que representa um crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado e uma participação de mercado de 18%.
É a primeira vez que a Huawei assume a liderança no mercado chinês desde o primeiro trimestre de 2024.
Já a Apple, que enfrentava queda nas remessas nos últimos trimestres, voltou a registrar crescimento na China. A empresa vendeu 10,1 milhões de unidades, um aumento de 4% em relação ao segundo trimestre de 2024, ficando com a quinta colocação no ranking.
Retomada da Huawei e estratégia da Apple
A recuperação da Huawei se consolidou ao longo de 2023, após um período difícil causado pelas sanções comerciais dos Estados Unidos, que afetaram sua capacidade de produzir smartphones com tecnologia avançada. A marca chinesa tem conseguido reconquistar espaço com novos modelos e uma forte presença no mercado interno.
Enquanto isso, a Apple tem feito ajustes estratégicos para reagir à crescente concorrência local. A empresa adotou políticas de preços mais agressivas para os modelos da série iPhone 16, com descontos promovidos por varejistas chineses e valores maiores de troca por aparelhos antigos. Essas ações contribuíram para o crescimento nas remessas no trimestre, segundo análise da Canalys.
China segue como mercado-chave para Apple
O desempenho na China é particularmente relevante para a Apple, já que o país representa um dos mercados mais estratégicos e desafiadores da empresa. A volta ao crescimento é vista como um sinal positivo para os investidores, principalmente às vésperas da divulgação dos resultados trimestrais da companhia.
A análise da Canalys vai ao encontro de dados da Counterpoint Research, que também apontaram uma leve retomada do crescimento da Apple na China.
Mesmo assim, as ações da Apple acumulam queda de 14,5% em 2025, reflexo das incertezas no mercado chinês e dos impactos das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China.
