Ciberataque paralisa voos da Aeroflot após ação de grupo pró-Ucrânia
Hackers reivindicam ataque que causou cancelamento em massa de voos da principal companhia aérea russa; operação reforça alerta global sobre cibersegurança no setor de aviação

A companhia aérea russa Aeroflot foi forçada a cancelar dezenas de voos nesta segunda-feira (28) após sofrer um ciberataque reivindicado por um grupo hacker pró-Ucrânia.
A ação, que afetou diretamente o sistema de check-in da empresa, provocou longas filas nos aeroportos e atrasos significativos, intensificando preocupações com a segurança digital na aviação civil.
O grupo chamado “IT Army of Ukraine”, conhecido por ações coordenadas contra alvos russos desde o início da guerra, assumiu a autoria do ataque, afirmando que a interrupção foi uma resposta às ações militares da Rússia na Ucrânia.
De acordo com autoridades russas, os sistemas da Aeroflot foram alvo de uma sobrecarga de acessos (ataque DDoS), o que inviabilizou o funcionamento normal dos serviços digitais da companhia. Sites de rastreamento de voos registraram dezenas de cancelamentos e atrasos em aeroportos como o de Moscou.
Embora o governo russo não tenha feito um pronunciamento oficial ligando diretamente o ataque ao grupo ucraniano, a inteligência do país já vinha alertando para um aumento nas tentativas de invasão digital em infraestruturas críticas.
A Aeroflot declarou que está trabalhando para restaurar totalmente seus sistemas e normalizar a operação dos voos. Enquanto isso, passageiros enfrentam incertezas e transtornos, especialmente em voos domésticos e conexões internacionais.
Esse novo episódio evidencia a crescente vulnerabilidade do setor aéreo diante de conflitos cibernéticos, que ganham cada vez mais protagonismo em meio a tensões geopolíticas. Especialistas alertam que ataques desse tipo não apenas causam prejuízos financeiros, mas também representam riscos significativos à segurança de dados e à operação de serviços essenciais.