
O governo da Venezuela anunciou recentemente a aplicação de tarifas de importação que variam entre 15% e 77% sobre produtos provenientes do Brasil. A medida, inesperada, desrespeita um acordo comercial assinado em 2014 que previa isenção tarifária para mercadorias com certificado de origem entre os dois países.
A nova política tarifária poderá gerar impactos diretos nas exportações brasileiras, especialmente em estados que mantêm relações comerciais mais intensas com a Venezuela, como é o caso de Roraima. A decisão agrava ainda mais a já delicada situação econômica entre os dois países e coloca em xeque a confiança nos compromissos comerciais firmados.
Apesar de a Venezuela acumular uma dívida bilionária em atraso com o Brasil, o governo brasileiro vem concedendo facilidades para o pagamento, oferecendo condições favoráveis de rolagem da dívida. No entanto, a recente postura venezuelana lança dúvidas sobre a reciprocidade dessa relação.
Além das tensões econômicas, o posicionamento político do governo brasileiro também é criticado por não se manifestar de forma clara diante de indícios de fraude nas últimas eleições presidenciais da Venezuela. Especialistas e analistas apontam que já passou da hora do presidente Lula rever sua postura de conivência com o regime venezuelano atual, defendendo os interesses do Brasil e dos próprios venezuelanos.
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