
A Amazon confirmou planos de adquirir a Bee AI, startup de tecnologia vestível sediada em São Francisco, marcando mais um passo da gigante do varejo na corrida pela liderança em inteligência artificial generativa.
A Bee AI é responsável pelo desenvolvimento de uma pulseira inteligente de US$ 49,99, semelhante a um smartwatch, equipada com microfones e recursos de IA capazes de captar conversas, gerar resumos, criar listas de tarefas e emitir lembretes personalizados para o dia a dia.
A CEO da Bee AI, Maria de Lourdes Zollo, anunciou a aquisição por meio de uma publicação no LinkedIn nesta terça-feira (22). “Quando fundamos a Bee, nossa visão era tornar a IA verdadeiramente pessoal, uma tecnologia capaz de entender e melhorar a vida das pessoas. Agora, esse sonho encontra um novo lar na Amazon”, escreveu Zollo.
Alexandra Miller, porta-voz da Amazon, confirmou os planos de aquisição, embora os detalhes financeiros do acordo não tenham sido divulgados.
A aquisição da Bee reforça o investimento contínuo da Amazon em produtos baseados em IA. A empresa vem lançando soluções como os modelos Nova, os chips Trainium, um chatbot de compras e o marketplace de modelos de terceiros chamado Bedrock. A assistente Alexa também passou por atualizações com recursos baseados em IA generativa, numa tentativa de competir com o ChatGPT da OpenAI, o Claude da Anthropic e o Gemini do Google.
Além disso, a Ring — subsidiária da Amazon voltada à segurança residencial — também começou a integrar IA generativa em alguns de seus dispositivos.
Essa não é a primeira incursão da Amazon no mercado de wearables. Em 2023, a empresa descontinuou a linha Halo, voltada à saúde e bem-estar, como parte de uma reestruturação interna.
Outras gigantes de tecnologia também vêm explorando o segmento de hardware com inteligência artificial. O Rabbit R1, que utiliza um modelo da OpenAI, e o pin de IA da Humane — vendido recentemente à HP — são exemplos dessa tendência. A OpenAI, por sua vez, adquiriu em maio a startup io, do designer Jony Ive, em um negócio de US$ 6,4 bilhões para desenvolver um dispositivo sem tela.
Já a Meta tem visto sucesso com seus óculos Ray-Ban inteligentes, lançados originalmente em 2021 e que seguem crescendo em popularidade.