
A 36ª edição da pesquisa anual da Fundação Getulio Vargas sobre o mercado brasileiro de tecnologia da informação revela um cenário em expansão, mas com desafios importantes. O Brasil já soma 502 milhões de dispositivos digitais em uso — entre computadores, notebooks, tablets e smartphones — o que representa, em média, 2,4 aparelhos por habitante. Apesar do avanço tecnológico, o uso efetivo de inteligência artificial ainda é incipiente: embora 80% das empresas afirmem utilizar IA, 75% admitem que o uso é mínimo.
A pesquisa aponta que os investimentos em TI vêm se consolidando como estratégicos para os negócios, especialmente no setor bancário, onde devem alcançar R$ 56 bilhões até 2027. Os principais projetos em andamento nas empresas incluem a integração de IA generativa com IA analítica, a transformação digital e a implementação de ERPs alinhados a objetivos estratégicos. Nesse segmento, TOTVS e SAP dominam o mercado com 34% de participação cada, com destaque para a TOTVS entre empresas menores (50%) e a SAP entre as maiores (51%).
No universo das plataformas de IA generativa, o Microsoft Copilot lidera com 40% de uso, seguido pelo ChatGPT (32%) e o Google Gemini (20%). Já no campo das videoconferências, o Microsoft Teams se destaca com 48% de participação, superando o Zoom, que caiu para 28%, e o Google Meets, que alcançou 22%.
Apesar da ampla presença de dispositivos e do crescimento do setor, os dados mostram que muitas empresas ainda não exploram todo o potencial das tecnologias emergentes. A análise completa, incluindo a metodologia da pesquisa, está disponível no site da FGV.
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