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Brasil mira protagonismo global com plano bilionário de Inteligência Artificial

O governo federal oficializou o lançamento do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), um ambicioso projeto que pretende transformar o Brasil em uma das cinco nações com maior capacidade computacional em IA até 2028. Coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o plano prevê investimentos da ordem de R$ 23 bilhões, oriundos de fontes públicas e privadas, com foco em inovação tecnológica, soberania digital e desenvolvimento socioeconômico sustentável.

Entre as metas mais ousadas está a aquisição de um dos cinco supercomputadores mais potentes do planeta, além da criação da chamada “nuvem soberana” — uma infraestrutura nacional de dados voltada à proteção de informações estratégicas do setor público. A ministra Luciana Santos ressaltou que o plano vai além do aspecto tecnológico, sendo um instrumento de soberania e desenvolvimento nacional. “Estamos falando de autonomia científica, segurança digital e valorização da diversidade em uma era de profundas transformações”, declarou.

Com o lema “IA para o Bem de Todos”, o PBIA estabelece diretrizes como ética no uso da tecnologia, inclusão social, sustentabilidade ambiental e cooperação internacional. Há um esforço explícito de alinhar o plano com outras políticas públicas, como a Nova Indústria Brasil (NIB) e o Plano de Transição Ecológica (PTE), garantindo que a inteligência artificial seja aplicada em benefício direto da população.

Na área da saúde, por exemplo, o plano prevê a incorporação de soluções de IA ao Sistema Único de Saúde (SUS), com aplicações em diagnósticos mais rápidos de AVCs, suporte à gestão de medicamentos, detecção de anomalias hospitalares e avanços em saúde bucal. Além disso, haverá incentivos à formação profissional e reconversão de mão de obra para preparar o mercado de trabalho às novas exigências da era digital.

Até 2028, o objetivo é duplicar a capacidade nacional em IA e garantir conexão de, pelo menos, 50% das instituições de pesquisa do país à rede estruturada pelo plano. Para alcançar esse patamar, o PBIA aposta na governança participativa, na flexibilidade de sua implementação e em parcerias estratégicas com organismos internacionais.

O documento completo com as diretrizes do plano pode ser acessado online e detalha os fundamentos que guiam essa política pública. Ao mesmo tempo em que reconhece os riscos associados ao uso desregulado da tecnologia, o plano aposta no potencial transformador da inteligência artificial quando integrada de forma ética, estratégica e democrática ao projeto de nação.

Foto: Reprodução

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