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Prazo estendido: Trump dá mais 90 dias para TikTok evitar banimento nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estendeu por mais 90 dias o prazo para que a ByteDance, controladora chinesa do TikTok, encontre uma solução para manter o funcionamento do aplicativo no país. A medida posterga novamente a entrada em vigor da lei aprovada pelo Congresso em 2024, que exige que a operação americana do TikTok seja transferida para uma empresa com maioria de capital não chinês. O novo prazo vai até setembro e busca permitir que um acordo definitivo seja firmado.

No centro da disputa está a alegação do governo norte-americano de que o TikTok representa um risco à segurança nacional por, supostamente, permitir o acesso de autoridades chinesas aos dados de usuários americanos e à manipulação de conteúdo via algoritmos. A ByteDance nega veementemente as acusações, e até hoje nenhuma evidência concreta foi apresentada para embasar tais preocupações. A venda do controle depende ainda da aprovação do governo chinês, que não sinalizou nenhum avanço até o momento.

Um modelo de acordo já está em discussão desde abril. A proposta prevê uma reestruturação acionária que reduziria a participação da ByteDance para 20%, enquanto empresas norte-americanas como Oracle, que já hospeda os dados do TikTok nos EUA, assumiriam o controle. Outras possíveis parceiras seriam a gestora Blackstone ou o empresário Michael Dell. O plano, no entanto, travou após o anúncio de novas tarifas comerciais dos EUA contra a China, elevando a tensão entre os países.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Trump não deseja ver o TikTok fora do ar, destacando que a extensão do prazo tem como objetivo preservar o acesso dos americanos ao aplicativo sem comprometer sua segurança digital. O próprio presidente reconheceu que será necessária a aprovação do governo de Xi Jinping para a concretização da venda, mas se mostrou otimista quanto a esse desfecho.

A disputa em torno do TikTok se tornou emblemática da crescente rivalidade tecnológica entre EUA e China. Com mais de 170 milhões de usuários americanos, a plataforma se consolidou como uma das redes sociais mais populares do país. Agora, seu futuro está nas mãos de negociações delicadas, onde interesses políticos, econômicos e tecnológicos se entrelaçam em ritmo acelerado.

Foto: Reprodução

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