
O hacker conhecido como Azael usou a rede social X (antigo Twitter) para negar que tenha sido localizado pela Polícia Federal na última quinta-feira (12), durante a Operação Timeout.
Em tom de desafio às autoridades, ele afirmou que realizaria um novo ataque aos sistemas do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para provar que continua ativo — e, de fato, os sistemas do tribunal voltaram a cair.
Embora a Polícia Federal siga com as investigações, ainda não é possível confirmar se o perfil que publica atualmente em nome de Azael pertence realmente a ele ou a membros do grupo chamado “Tropa do Azael”.
Os ataques realizados nos dias 13 e 16 deste mês foram do tipo DDoS (Distributed Denial of Service), uma técnica que sobrecarrega servidores com grande volume de acessos simultâneos, tornando os sistemas instáveis ou fora do ar.
Nesta segunda-feira (17), o TRF1 emitiu um comunicado oficial informando que um novo incidente de segurança digital foi detectado, afetando parcialmente a operação dos sistemas eletrônicos. A Secretaria de Tecnologia da Informação (Secin) agiu prontamente, adotando medidas emergenciais junto a empresas especializadas para conter o ataque, reforçar os protocolos de defesa e apurar o ocorrido.
O tribunal também destacou que, até o momento, não há qualquer indício de vazamento ou comprometimento de dados pessoais ou judiciais. A recomendação é que os usuários, ao enfrentarem instabilidades, apenas aguardem e tentem o acesso novamente mais tarde. Não há necessidade de nenhuma ação por parte dos usuários.
Para entender melhor: um ataque DDoS funciona como um congestionamento artificial e massivo em uma via digital. É como se milhares de carros invadissem uma estrada ao mesmo tempo, impedindo o tráfego normal. No ambiente online, esse tráfego é gerado intencionalmente por criminosos para derrubar sites ou serviços.
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