
Pesquisadores japoneses deram um passo histórico no avanço das comunicações digitais. Em maio de 2025, cientistas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (NICT), com o suporte da Sumitomo Electric e participação da Nokia Bell Labs, alcançaram uma taxa de transmissão impressionante: 1,02 petabits por segundo (equivalente a um milhão de gigabytes por segundo) ao longo de 1.808 quilômetros. Esse feito foi possível graças ao uso de uma fibra óptica de 19 núcleos, com diâmetro idêntico ao das fibras convencionais (0,125 mm), porém capaz de operar 19 canais simultaneamente, sem comprometer a integridade do sinal.
O experimento também quebrou recordes no índice de desempenho “capacidade versus distância”, atingindo 1,86 exabits·km/s — o mais alto já registrado em fibras com dimensões padrão. Utilizando técnicas avançadas de multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM) e amplificação óptica, os pesquisadores mantiveram todos os núcleos ativos em toda a extensão da transmissão. O resultado sinaliza um avanço estratégico para o futuro das redes de dados, abrindo caminho para suportar demandas cada vez maiores em tecnologias emergentes como 6G, inteligência artificial, internet das coisas (IoT), realidade virtual e streaming em resolução 8K. Trata-se de uma inovação que redefine os limites da conectividade global.
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