
A Apple está prestes a redefinir o mercado de buscas ao considerar a integração de inteligência artificial no Safari, um movimento que pode abalar a hegemonia do Google e alterar profundamente o equilíbrio no setor de publicidade digital. Com a possível reformulação do navegador padrão dos iPhones, a Apple sinaliza que pretende oferecer alternativas como OpenAI e Perplexity AI, indicando um rompimento potencial com a dependência do Google, que hoje paga cerca de US$ 20 bilhões por ano para manter sua posição como buscador padrão no ecossistema da maçã. O impacto já se refletiu no mercado: as ações da Alphabet despencaram 7,3%, eliminando mais de US$ 150 bilhões em valor de mercado, enquanto a Apple caiu 1,1% com os reflexos desse reposicionamento estratégico.
A movimentação ocorre em meio a um cenário em que o uso da IA vem crescendo nas preferências dos usuários, e a exclusividade do Google no Safari está sendo questionada até judicialmente nos EUA. Com quase 90% do mercado de buscas, a big tech enfrenta pressões regulatórias e a ameaça real de perda de anunciantes, que podem migrar para plataformas com inteligência artificial mais avançada e diversificada. Mesmo reagindo com recursos como o “modo IA” e resumos inteligentes em buscas, além da aposta na tecnologia Gemini, o Google pode ver sua posição enfraquecida caso a Apple avance com seus planos. A batalha entre as gigantes não é apenas sobre busca, mas sobre quem definirá os novos padrões da interação digital.
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