
Seguindo a tendência adotada por empresas como a Shopify, o Duolingo oficializou uma guinada estratégica para se tornar uma companhia “AI-first”, substituindo gradualmente processos humanos por sistemas automatizados. A decisão, comunicada internamente pelo CEO Luis von Ahn, visa não apenas aumentar a produtividade, mas sobretudo escalar a produção de conteúdo educacional de forma exponencial — algo que, segundo ele, levaria décadas se feito apenas por humanos. A empresa já eliminou fluxos manuais de criação de conteúdo e passou a integrar a IA desde o recrutamento até a avaliação de desempenho, priorizando equipes capazes de automatizar tarefas repetitivas.
A comparação com a transição mobile-first que a plataforma fez em 2012 ajuda a contextualizar o impacto esperado: na época, o foco em dispositivos móveis impulsionou o crescimento viral do app e o reconhecimento global. Agora, a aposta na IA busca eliminar gargalos operacionais e liberar os colaboradores para focar em inovação e criatividade. A mudança, embora drástica, é apresentada como inevitável em um cenário onde a inteligência artificial redefine o futuro do trabalho. Ao contrário do que se poderia imaginar, o objetivo não é reduzir a equipe, mas potencializar seu alcance e eficiência — uma abordagem semelhante à adotada pela Shopify, que também exige comprovação de que a IA não basta antes de aprovar novas contratações.